Conheci o José Rui Teixeira já lá vão uns anos. Foi um tal Guilherme que, sem o saber, nos apresentou. Num acaso, mais um, tropecei na primeira edição de um livro que não conhecia, de um poeta que não conhecia, com uma dedicatória invulgar, manuscrita com uma letra diferente, que me inquietou. Segui uma pista e cheguei ao José Rui e com ele ao mundo de Guilherme de Faria. Anos mais tarde, foi com muito gosto que pude assistir às provas de doutoramento do José Rui.
Relembro a alegria e a paixão com que aquele dia foi vivido por todos os que ali estiveram. O José Rui escreveu-me então: “Caríssimo Adelino, entrego-lhe estas páginas, não como quem partilha um trabalho académico, mas porções de uma vida, fragmentos de memórias sob os escombros de 80 anos de esquecimento. Aqui está o Guilherme de Faria…”.
Tenho vindo a acompanhar o percurso da Officium Lectionis. Embora recente, a qualidade das suas edições é já uma realidade. A sensibilidade, saber e critério de José Rui Teixeira têm vindo a revelar-se nos livros que regularmente nos vai apresentando. As belíssimas ilustrações de capa (e não só) são já uma marca distintiva dos seus livros. As introduções competentes acrescentam valor e não apenas espaço.
Agora e uma vez mais, o José Rui traz-nos o Guilherme de Faria, ou melhor, a sua poesia. Um poeta que “viveu sempre na terra com saudades do céu…”
adelino cp
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