Para José Gomes Ferreira, não havia dúvidas. Entre publicar uma espécie de antologia de si mesmo, “forçosamente magra e a de atirar para o público com todos os meus papéis e papelinhos, diários incompletos, naufrágios de Poemas Dramáticos, improvisos nos cafés, nos eléctricos, etc…”, não hesitaria em seguir esta última.

E como escreveu, “um  livro é um ser vivo. E um ser vivo não se compõe apenas de belos sentimentos, feições impecáveis, formas redondas, pensamentos puros expressos através de palavras musicais, mas de vísceras também, de fezes, maculas, contradições, ódios, covardias, sangue, gritos, nervos…”. E desabafava: ” E eu quis que este livro desse a impressão de que respirava.”

 

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