E lembrei-me da velha casa. Paredes meias com ruas tão despidas. Velha, sábia, fria. Dos invernos que lhe passaram por cima. Da gente que nela se aconchegou ali por dentro. Noutro tempo. Noutros tempos. Gosto do saber das casas sábias. Do escuro. Da luz. E da penumbra. Voltarei a ela, um dia, despida de gentes, de vida, de tudo o resto. Ou cheia do vazio em que ficou. São assim as casas sábias. Só os homens não sabem que elas existem.

Partilhe nas redes sociais
0

Carrinho