À hora a que escrevo, cumpre-se o ritual. A Orquestra Filarmónica de Viena dá o seu belíssimo Concerto de Ano Novo. É assim que começo as manhãs do primeiro dia do ano. Escrevendo e ouvindo os violinos e todos os outros que nos embalam com Strauss. O Danúbio ainda será azul, ao que consta, na música que nos envolve. O Papa também já terá falado, não o ouvi, mas calculo que tenha apelado a que o mundo se tente afinar. Precisamos destes momentos que nos afinem a alma, que nos façam lembrar as coisas boas da vida, que nos falem mais de sol que de chuva, que deixem os maus presságios de lado, que nos dêem boa música aos ouvidos. E agora vou ouvir o Concerto, à lareira, com quem gosto, como convém. Lá fora, o pássaro, parece ouvi-los também. Afinal, se é mesmo, para tal, cumpra-se o ritual. Há tempo para as coisa do mal…
adelino cp
janeiro.1.22
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