Num dia mais frio que ontem mas menos do que é normal, parece que é domingo. Ou não parece, mas é. Por vezes, mais vale parecer do que ser, diz um velho dito já antigo que se aplica ao longo dos tempos. Se falo disso no dia de hoje é porque começam hoje os debates. Espero que pareçam o que são. Que cada um assuma o que é ou que parece que quer vir a ser. Que não venda mais ilusões. Que não confunda o teletrabalho de uns poucos com mais teledescanso de muitos. Que seja límpido como a água que nasce na serra e não polua como a que por vezes se vê por aí. Que respeite. Que nos respeite. Que diga ao que vem, afinal. E que no final, cada um dos que escolhe possa escolher o caminho. Se mais do mesmo, assim assim ou antes pelo contrário.
Seria bom que todos, muitos, mesmo muitos o pudessem fazer. Escolher. Mas, uma vez mais, tal não vai poder acontecer em pleno. Nem todos os que o querem o irão poder fazer. Insisto no que digo há muito. Um país que tanto já fez em tantas áreas, que inovou, inventou, agitou, descobriu, não necessitava inventar a roda para incentivar o acesso ao voto.
Torná-lo mais acessível a todos deveria ser um desígnio. Com outra e maior acessibilidade física, digital, ou temporal. Muitas seriam as alternativas. Mas não. Continuamos assim. No imobilismo do parece que é mas não é. Tal como hoje. Que parece não ser domingo. Mas é. Ou já não sei se será.
adelino cp
dezembro.2.22
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