Passam hoje 120 anos sobre o nascimento de George Orwell, autor de uma das mais conhecidas fábulas políticas alguma vez escritas.
«O Triunfo dos Porcos», retrata a revolta dos animais da Quinta de Mister Jones onde, liderados pelo velho porco “Major”, os animais se revoltam e percebem que toda a miséria se resume a uma só palavra: o homem. “O homem é a única criatura que consome e não produz. Não dá leite, não põe ovos, é muito fraco para puxar o arado e não corre o bastante para caçar coelhos mas, apesar de tudo, é o senhor de todos os animais…”.
E, um dia, num acto de revolta e rebeldia, os dois cavalos Boxer e Clover, os cães e galinhas, os pombos, os carneiros e as vacas, os patinhos, a égua Mollie e o corvo, a cabra branca Muriel e até o velho burro Benjamim, gritaram “Basta”! A Quinta, passava a ostentar uma bandeira verde, pintada com uma pata e um corno. E, à entrada, uma orgulhosa placa: “ANIMAL FARM”!
Como aquelas histórias que começaram por ser felizes, esta também teve um “Era uma vez…”, sem rédeas nem freios para os cavalos, sem anéis para os focinhos nem correntes para os cães, com sete mandamentos, música e tudo. Depois, enfim, o tempo rolava, os porcos engordavam, só o Benjamim não mudava.
Não vos vou contar toda a história do livro. Apenas vos digo que ainda e agora «todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros». Aqui, ali, em todo lado. É a natureza no seu esplendor. O instinto de sobrevivência, quando não o de subserviência. Ah, soubesse eu escrever como o Orwell e talvez um dia, sem plágio, tentasse escrever uma fábula sobre os instintos.
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