A democracia mais que doente, parece não encontrar quem a queira salvar. Nos hospitais, os médicos, todos os profissionais de saúde, quando entra um doente não olham a meios para que ele seja tratado. Venha donde vier. Pense o que pensar. Não o discriminam. Faz parte da sua deontologia. Na política, passa-se precisamente o contrário. Dependendo da cor da camisola, assim é o veredicto. O que levará tanta gente séria a defender o indefensável, só por clubite exacerbada? Sem razoabilidade nem sensatez, sem o mínimo de racionalidade e bom senso? Sim, a democracia está doente e parece não haver quem a queira salvar. A continuarmos assim, a história irá repetir-se. Para pior.
O que terá o livro que escolhi hoje com os factos vindos a lume no Ministério da Defesa? Aparentemente nada. Ou pode ser muito…
“Os Militares e o Poder”
Eduardo Lourenço
1ª edição, Arcádia, Novembro 1975
Publicado em Novembro de 1975, após o ‘Verão Quente’ do mesmo ano, ‘Os Militares e o Poder’ é composto por alguns textos publicados por Eduardo Lourenço de Janeiro a Agosto de 75, precedidos de um longo ensaio escrito ainda no antigo regime intitulado ‘O Exército ou a Cortina da Ordem’.
Algumas décadas depois, é curioso verificar a lucidez com que o pensador e filósofo abordava uma temática tão polémica na altura.
Partilhe nas redes sociais
0

Carrinho