Neste livrinho de trinta e uma páginas se percebe como se pode dizer muito, escrevendo pouco. Entre transmontanos não há meias medidas. Ou sim, ou sopas. E os esses e erres ficam para outros, que para lá do Marão mandam os que lá estão. Ler João de Araújo Correia é sempre bom. Ouvi-lo falar de alguém como Trindade Coelho é uma delícia.
“… Quem quiser saber o que é delicadeza deve conviver com gente rústica de Trás-os-Montes…”.
E acrescenta: “… Com os olhos postos em Mogadouro, escreveu Os Meus Amores – livro que nã é livro. É a própria terra do escritor reproduzida pelo talento de quem lhe quer bem. É o cenário do planalto, oas animais rasteiros e os passarinhos, a leiva e a nuvem, a árvore e o homem, os tonilhos contados à lareira em língua imaculada… èa afarsa, o idílio ea tragédia. É tudo o que lembra com exactidão e se refaz com saudade. Ns Meu amores, há amor a tudo…”.
Trindade Coelho foi um sonhador. Por coincidência, o lugar desta Conferência lida pelo Autor (João de Araújo Correia) na Casa de Trás-os-Montes, em Lisboa na noite de 30 de Junho de 1961, foi o lugar onde veio a suicidar-se em Junho de 1908.
“Perfil Transmontano de
Trindade Coelho”
João de Araújo Correia
Portugália Editora, 1961
Publicação comemorativa do centenário de nascimento de Trindade Coelho (18.VI.1861 – 18.VI.!961)
Com dedicatória do autor
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