Descrição
Entrar na sua escrita é como entrar naquela casa, “… a grande casa patrícia, grisalha da idade… por cima da porta ‘Ora et labora’. Eu sentava-me no meu canto olhando para o meu pai e para a minha mãe, e era como se tivesse de escolher entre eles: se passar uma vida de acção ou de êxtase sonhador. E, no fim, os meus olhos repousavam sempre no rosto tranquilo de minha mãe…”, Thomas Mann, O Diletante
Passou há dias mais um ano sobre o nascimento de Thomas Mann (1875-1955). Natural de Lübeck (Alemanha), filho de um alemão e de uma brasileira, em 1891, após a morte de seu pai, muda-se para Munique, onde freqüenta a universidade local. Com apenas 25 anos publica o romance “Buddenbrooks”, retratando a história duma família protestante ao longo de três gerações, baseado na decadência da sua própria família paterna. Em 1924 é publicada “A Montanha Mágica”, um dos livros de referência de toda a literatura do Séc.XX, abordando uma Europa em ebulição no eclodir da I Grande Guerra. Cinco anos depois, em 1929, recebe o Prémio Nobel da Literatura. Com Hitler no poder exila-se na Suíça e mais tarde nos Estados Unidos, onde publica “Doutor Fausto”, romance sobre a arte da música. Regressa à Suíça em 1952, onde acaba por falecer em 1955.
Já com a patine do tempo, este belo exemplar de “Os Melhores Contos de Thomas Mann” publicado pela Arcádia três anos após a sua morte numa selecção de Manuel Seabra, com prefácio de Domingos Monteiro e ilustrações de Julio Gil, reune cinco dos seus muitos contos: A Morte em Veneza, A Pequena Lizzy, Desilusão, O Sangue dos Walsungs e O Diletante.
Os Melhores Contos de Thomas Mann
Arcadia, Março 1958
Ilustrado, capa dura, 188 pag.
